sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ano europeu do voluntariado


Ano europeu do voluntariado

O ano de 2011 foi declarado pelo Conselho de Ministros da União Europeia como o Ano Europeu do Voluntariado, com o objetivo de valorizar e promover o trabalho voluntário, bem como sensibilizar as pessoas para o valor e a importância do Voluntariado, como manifestação de cidadania ativa.
Ser voluntário consiste em exercer uma atividade voluntária e não remunerada em qualquer entidade pública ou instituição sem fins lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social.
Ser voluntário é, pois, ajudar pessoas ou entidades por livre e espontânea vontade, sem receber qualquer remuneração por isso. A única gratificação deste tipo de voluntariado poderá estar na satisfação pessoal pela realização de um ato desinteressado de cidadania ativa, ou na possibilidade de adquirir novas experiências, aprender novas coisas e até criar laços afetivos com os destinatários desse mesmo voluntariado.

Voluntariado silencioso e discreto

Em Arouca, além da maioria das Associações que funcionam à base do voluntariado, mais vulgarmente conhecido por “carolice” há já algumas instituições em que o voluntariado funciona minimamente organizado, desde há algum tempo, como é o caso do Centro de Saúde, do Centro Paroquial Rainha Santa Mafalda, do Lar da 3ª Idade e, mais recentemente, na Academia Sénior, entre muitas outras instituições ou coletividades dispersas por todo o Concelho.
Há no entanto um tipo de voluntariado que passa habitualmente despercebido das comunidades e que, por isso mesmo, merecerá ser referido.
Trata-se de um voluntariado existente em todas as comunidades paroquiais e que nem sempre será suficientemente notado ou devidamente estimulado pelas próprias comunidades.
É um tipo de voluntariado movido, não tanto por um dever cívico, mas mais por opções pessoais, quase sempre fundamentadas em convicções de índole religiosa e que contribui para dar resposta a desafios que são colocados às próprias comunidades.
Estamos a falar concretamente do trabalho, nada fácil, do serviço de catequese a que muitos pais não darão o merecido valor, muito embora ele seja um valioso contributo para a formação cristã, humana e integral dos próprios filhos.
Mas ainda mais discreto e ignorado do que a catequese é o serviço semanal no arranjo floral e na manutenção dos altares das igrejas paroquiais, bem como o serviço, não menos fácil e exigente, dos cuidados que as alfaias litúrgicas exigem, quer na lavagem, quer na sua passagem a ferro.
É um trabalho discreto que não dá nas vistas, mas cujo resultado é bem visível nos espaços de culto de todas as comunidades paroquiais.
Embora quem o realiza, o faça geralmente de um modo bem discreto, desinteressado e silencioso, a verdade é que as comunidades paroquiais deveriam ter a capacidade de reconhecimento por tão discreto como desinteressado tipo de voluntariado.

José Cerca

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