segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

 
 
"Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás"
 
A Quaresma começa na quarta-feira de Cinzas, 40 dias antes da Semana Santa, e é tradicionalmente um período de reflexão e recolhimento.
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.
Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior.
 
Como preparar-se para praticar o Jejum neste dia?

O jejum é um sinal externo da conversão do coração. Portanto, sua preparação exige um profundo exame de consciência e uma atitude de contrição, de arrependimento de nossas fraquezas e um propósito firme de mudança de vida. Conforme o ensinamento da Igreja, no Código de Direito Canônico, “todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência; mas, para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitenciais, em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando principalmente o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes” (Can. 1249).
A Igreja também ensina que “estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados à lei do jejum e da abstinência em razão da pouca idade” (Can. 1252).Além do jejum, a oração e a esmola aparecem como as principais formas de expressão da penitência interior. Assim, o jejum, a oração e a esmola representam a conversão em relação a si mesmo, a Deus e aos outros
 
Em que devemos pensar nestes dias?
 
                    Neste quarta-feira iniciamos um percurso de quarenta dias, aproveitando o precioso tempo para a oração, a penitência e a meditação. O Santo Padre, na sua mensagem de Quaresma, oferece-nos este ano como tema de reflexão, a relação entre a fé e a caridade.
"Não podemos dar prioridade à fé e quase desprezar as obras de caridade reduzindo-as a um humanitarismo genérico, e também não podemos sustentar uma supremacia exagerada da caridade e de seu trabalho, pensando que as obras podem substituir a fé", escreveu o Papa. Pois é um bom tema para refletir e meditar neste periodo quaresmal.




Em comunhão com o Santo Padre, percorremos nós também a Via Sacra, para agarrar-nos ao madeiro da Cruz, ao longo do mar da vida, e sobretudo...