Depois da grande solenidade que foi o tempo pascal, reentramos no tempo da normalidade, do quotidiano. Chamamos-lhe Tempo «comum» porque não tem um motivo «especial» de celebração a dar-lhe uma cor particular. O Domingo, porém, é sempre dia festivo: é a «festa primordial» dos cristãos, Páscoa da Semana. Este domingo é ainda assim ocupado pela solenidade da Santíssima Trindade, uma espécie de recapitulação de todo o tempo pascal. A liturgia é sempre celebração de Deus em louvor, acção de graças, súplica, glorificação, adoração. A Liturgia é a melhor escola em que a piedade do povo cristão pode recuperar o dinamismo trinitário tanto na oração pessoal como na vida em geral. Não é verdade que a celebração Eucarística começa e termina com a invocação da SS. Trindade?
“Confessar a Trindade não quer dizer apenas reconhecê-la como princípio, mas também aceitá-la como modelo último da nossa vida. Quando afirmamos e respeitamos a diversidade e o pluralismo entre os seres humanos, confessamos, na prática, a distinção trinitária das pessoas. Quando eliminamos as distâncias e trabalhamos para realizar a igualdade efectiva entre homem e mulher, entre felizardos e desventurados, entre próximos e afastados, afirmamos na prática a igualdade das pessoas na Trindade. Quando nos esforçamos por ter um só coração e uma só alma e por aprender a pôr tudo em comum, para que ninguém tenha de sofrer a indigência, estamos a confessar o único Deus e aceitamos em nós a sua vida trinitária”
(Bispos de Navarra e do País Basco, Crer hoje no Deus de Jesus Cristo, Páscoa de 1986)
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