sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A caridade é como o azeite...

Diz-nos Santo Agostinho, a respeito do Evangelho do 32º domingo comum (6 novembro 2011):

É virgem e tem lâmpada: que mais procuramos? Ainda procuro algo. Tornou-me atento o Evangelho sagrado. Porque apesar de virgens e de levarem lâmpadas, a umas chamou prudentes e a outras insensatas. Para onde é que havemos de olhar, como havemos de distinguir? Pelo azeite.
Este azeite significa algo de grande, de muito grande. Não será, porventura, a caridade? Dizemo-lo como quem investiga, não como quem dita a sentença. Vou dizer-vos porque razão penso que o azeite significa a caridade. O Apóstolo diz: «vou mostrar-vos uma via ainda mais alta» (1 Cor 12, 31). E que caminho superior mostra? «Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tivesse caridade seria como um bronze que ressoa ou um címbalo que tange» (1 Cor 13, 1).
É esta a via ainda mais alta, a caridade, que justamente é significada pelo azeite. Com efeito o azeite vem ao de cima de todos os líquidos. Põe água e derrama-lhe em cima um pouco de azeite, e o azeite fica em cima; põe azeite, derrama-lhe água em cima, e o azeite vem ao de cima. Se seguires a ordem natural, o azeite vence; se a mudares, ele vence na mesma: «A caridade nunca cai» (1 Cor 13, 8).

(S. Agostinho, Sermão 93, 5)

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Em comunhão com o Santo Padre, percorremos nós também a Via Sacra, para agarrar-nos ao madeiro da Cruz, ao longo do mar da vida, e sobretudo...