quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Poema de Natal (Poeta David Maria Turoldo)

Vem de noite,
Sabes bem que em nosso coração sempre é de noite;
Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem no silêncio,
Pois já não sabemos sequer o que dizer;
Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem na solidão,
Pois cada vez estamos mais sós;
Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem, Filho da paz;
Pois não sabemos o que é a paz;
Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Vem consolar-nos,
Pois cada vez estamos mais tristes;
Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

Estamos longe, desencaminhados,
Não sabemos o que somos nem o que queremos;
Vem, portanto, sempre e não deixes nunca de vir, Senhor!

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Em comunhão com o Santo Padre, percorremos nós também a Via Sacra, para agarrar-nos ao madeiro da Cruz, ao longo do mar da vida, e sobretudo...