segunda-feira, 29 de março de 2010

Via Crucis de Franz Liszt



Arte, dramatismo e espiritualidade.
Foi com estes três parâmetros, envolvidos não só pela sensibilidade humana, como sobretudo pela Fé cristã, que, no sábado passado, dia 27 de Março, teve lugar na igreja do Mosteiro de Arouca a representação da “Via Crucis” composta por Franz Liszt em 1879 na cidade de Budapeste e agora representada pelo grupo de teatro “Cena Jovem”, criado na paróquia do Carvalhido do Porto em 1994 e actualmente sedeado na Freguesia da Cedofeita.
Este grupo, já em Dezembro passado, trouxera a este mesmo “palco” o auto do nascimento de Jesus, então acompanhado pelo Grupo Coral de Urro e pela Orquestra de sopros da Banda Musical de Arouca.
Desta vez, a acompanhar musicalmente as cenas da Paixão de Cristo esteve o Coro de S.Tarcisio da igreja da Lapa onde foi criado em 1957.
A anteceder a representação da “Via Crucis” e como que a ambientar o público para a sua dramatização, o coro de S.Tarcísio executou 4 trechos religiosos, dois dos quais de D. Angelo Fasciolo que foi um dos seus primeiros maestros.
Seguiram-se depois as 14 cenas da paixão de Cristo que foram representadas ao longo do corredor central da nave da igreja conventual até ao presbitério, numa silenciosa e comovida envolvência do público presente.
Esta dramatização terminou com a cena da Ressurreição de Cristo usando como cenário para tal o imponente retábulo de talha dourada do presbitério da igreja conventual de Arouca. Não menos monumental foi a execução do Aleluia de Haendel pelo grupo coral de S.Tarcísio que encerrou assim estes momentos de arte, de dramatismo e de espiritualidade com que a representação da “Via Crucis” quis anteceder o início da Semana Santa em Arouca.

José Cerca

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