O casamento já não é o que era. Se calhar nunca foi aquilo que no imaginário colectivo se foi idealizando: uma comunhão total de vida, ordenado por sua índole natural para o bem dos cônjuges? Uma instituição que fortalece e constitui a sociedade?
Fruto de uma ideologia narcisista e hedonista, a sociedade procura a persecução das satisfações individuais à custa do bem comum. Fruto deste pensar, vemos como, progressivamente, tudo o que implica a adesão livre e responsável do indivíduo vai ficando preterida para segundo ou terceiro plano na vida da pessoa.
Na vida comunitária, cada vez mais se vê o desinteresse pela participação responsável nos actos de soberania nacional (ver percentagens de abstenção em qualquer eleição); no respeito e atenção pelo vizinho, é cada um por si; no compromisso eclesial, falta empenho e participação activa (catequese, grupos de oração, vicentinas, grupo coral – dão muito trabalho). Por isso, não é de estranhar que o casamento também sofra influência deste modo de estar na vida.
Como se não bastasse esta filosofia de vida do “não me incomodes nem me aborreças”, o Estado, que deveria ser o primeiro a salvaguardar a instituição do matrimónio, célula base da nossa sociedade, inverte os valores.
É mais fácil divorciar-se em Portugal do que despedir a empregada doméstica, se esta tiver contrato de trabalho. Como podemos ler no jornal Público da semana passada. Não sendo necessário justa causa para o divórcio deixo aqui um alerta a todos os casados, não vá acontecer que um dia chegue o marido a casa e encontre o seu lugar ocupado por outro e os seus pertences à porta (ou vice-versa). É para estar atento e preocupado pois assim não se pode sair de casa tranquilo, não vá no regresso não ter onde passar a noite… Para ter segurança e facilidades o melhor mesmo é casar com a empregada doméstica (sempre é mais fácil adquirir o divórcio e mandá-la embora) e assinar um contrato de trabalho com a mulher (ao menos só se separam com justa causa). Mas se é a dona da casa que trata de todos os assuntos domésticos, não há problema porque no dia 10 de Outubro a Assembleia da Republica vai votar a questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Tudo se resolve!
É mais fácil divorciar-se em Portugal do que despedir a empregada doméstica, se esta tiver contrato de trabalho. Como podemos ler no jornal Público da semana passada. Não sendo necessário justa causa para o divórcio deixo aqui um alerta a todos os casados, não vá acontecer que um dia chegue o marido a casa e encontre o seu lugar ocupado por outro e os seus pertences à porta (ou vice-versa). É para estar atento e preocupado pois assim não se pode sair de casa tranquilo, não vá no regresso não ter onde passar a noite… Para ter segurança e facilidades o melhor mesmo é casar com a empregada doméstica (sempre é mais fácil adquirir o divórcio e mandá-la embora) e assinar um contrato de trabalho com a mulher (ao menos só se separam com justa causa). Mas se é a dona da casa que trata de todos os assuntos domésticos, não há problema porque no dia 10 de Outubro a Assembleia da Republica vai votar a questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Tudo se resolve!
Casamento para toda a vida é história de conto de fadas, do tempo dos nossos avós. Segurança e estabilidade matrimonial, fidelidade e compromisso são atributos démodé, que ficam bem ao “Sr. Abade” e aos nossos avós. Na moda estão as relações “à experiência”, se der tudo bem, se não der não se perde nada, talvez só o nosso tempo.
O que é o casamento? Haverá alguém que ainda saiba a resposta?
Ridendo castigat mores.
Pe. João Pedro in Discurso Directo
1 comentário:
Bem "forte" mas tão real e verdadeiro que até doi...
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