sexta-feira, 2 de abril de 2021






Em comunhão com o Santo Padre, percorremos nós também a Via Sacra, para agarrar-nos ao madeiro da Cruz, ao longo do mar da vida, e sobretudo, neste tempo de pandemia.





 

 


VIA SACRA DA PARÓQUIA DE AROUCA 

SEXTA FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR 

2021


02-04-2021 AS 15h00

no facebook da paróquia de Arouca




terça-feira, 30 de março de 2021


 

Domingo de Ramos: A fidelidade

 

A Aliança no Sinai tinha sido selada com o sangue de animais (Ex 24,8): os sacrifícios de animais são substituídos agora por um sacrifício novo, cujo sangue de Cristo realiza eficazmente a união definitiva entre Deus e os homens. Em Cristo, o Servo Sofredor, cumpre-se, com o dom da Sua própria vida, a promessa da nova Aliança: graças ao Sangue de Jesus mudam-se os corações e é-nos dado o Espírito de Deus. Pode perspetivar-se aqui a Cruz, como arco quebrado e novo arco-íris, que liga o céu e a terra, Deus e os homens (Bento XVI, Homilia no Domingo de Ramos, 9.4.2006).

 

O início da Semana Santa, no Domingo de Ramos, coloca-nos a todos na imitação e no seguimento de Jesus, que tendo amado os seus, os amou até ao fim, permanecendo fiel ao Seu amor por nós (cf. Jo 13,1). Nesta perspetiva, pode valorizar-se o tema da fidelidade à palavra dada, da fidelidade às promessas, nas pequenas e nas grandes coisas, ao longo da vida e em família [Cf. Papa Francisco, Audiência, 21.10.2015; fidelidade ao dom da vida (AL 47); fidelidade na família (AL 66); fidelidade conjugal (AL 73; 77; 89; 123; 162; 231)].





Cruz de vime construída pela associação A4

A Associação A4 - Acolher, Aceitar, Agir, Adaptar nasceu a partir da vontade de um grupo de pessoas abstinentes, com o objetivo de criar uma estrutura sólida e capaz de ajudar outras pessoas com problemas ligados ao álcool. Fundada em 2017, a Associação A4 tem como objeto social a prevenção, o tratamento e acompanhamento de indivíduos com problemas ligados ao álcool. Em 2019, a Associação A4 abre o seu leque de intervenção a outras temáticas além do alcoolismo.




Horários das celebrações na Semana Santa na igreja paroquial de Arouca:
Quinta-feira Santa: Ceia do Senhor as 22H00.
Sexta-feira Santa: Paixão do Senhor as 17H00.
Sábado Santo: Vigília Pascal as 21H30.
Domingo de Páscoa: Eucaristia as 11H15.


sexta-feira, 19 de março de 2021

 



5.º Domingo: A Aliança conjugal

 Como vimos no primeiro domingo da quaresma, descobrimos na arca da Aliança, o nosso primeiro tesouro que é a nossa casa comum. Noé é salvo com sua família. Após o dilúvio, Deus abençoa a humanidade renovada e renova a aliança com a família de Noé.

O arco-íris é o sinal da grande aliança do Criador com suas criaturas. O arco era uma arma de guerra, mas Deus não usa uma arma que mata. Seu arco, sua aliança é um sinal de paz e reconciliação. As armas de Deus são o amor e a fidelidade. Ao ver o arco-íris, Deus recorda-se da sua “Aliança” e tem piedade de seu povo. 🌈

 O símbolo que retiramos hoje, da nossa arca da Aliança recorda o sacramento do matrimónio e as alianças que os esposos usam são como um pequeno arco-íris. Quando Deus olha as alianças do casal, ele lembra-se de sua aliança com a humanidade. As alianças que os esposos usam querem significar todo o amor que Deus sente pelos homens. As alianças são um selo de fidelidade. Neste sentido, os casais vivam também o seu casamento como uma aliança, não apenas entre si, mas uma aliança de ambos com o próprio Senhor e com a Igreja, de que fazem parte. Em Cristo revela-se plenamente o mistério do amor humano. Ele é o Esposo definitivo, a fonte e a medida do verdadeiro amor, também do amor entre os esposos.






A 1.ª leitura deste Domingo oferece-nos um belíssimo texto, com o anúncio e a promessa da nova Aliança. A nova Aliança, prometida no livro de Jeremias (Jr 31,31-34), será gravada no coração. O coração novo é afinal a grande arca do tesouro: «Onde estiver o teu tesouro aí estará o teu coração» (Mt 6,21). 💓

 Sabemos bem que nem todas as famílias estão constituídas por casais. Basta pensar nas famílias monoparentais. Mas, em todo o caso, urge compreender, anunciar e celebrar a beleza do sacramento do Matrimónio, a partir da imagem da Aliança. É um desafio para todos, mesmo para aqueles que ainda não correspondem plenamente ao ideal do Matrimónio (casais em união de facto ou casados civilmente) ou já não o podem alcançar, depois de algumas feridas abertas ou de ruturas consumadas.




 Em família, podemos:

 

§  Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.

§  Desenhar e colocar no cantinho da oração o coração da família, no qual podemos inscrever três qualidades de cada pessoa, na certeza de que «o homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o que é bom» (Lc 6,45).

§  Construir umas Alianças e entregá-las ao casal ou a um casal amigo.

§  Revisitar o álbum ou o filme do Matrimónio (se os houver).

§  Meditar a 1.ª leitura e enriquecer a compreensão do significado das Alianças que trocaram entre si, ou doutros sinais que fazem parte do rito do Matrimónio (AL 216).

§  Renovar os compromissos do Matrimónio (cf. Ritual do Matrimónio, n.º 277) e/ou a renovação das Alianças (Ritual do Matrimónio, n.º 279).

§  Procurar a palavra Aliança na Exortação Apostólica Amoris laetitia (AL 63,66,73,91,120, 123, 279, 318 – nota 378).


 








Dia de São José


No dia 19 de março, festejou-se o dia do pai no dia consagrado pela igreja ao São José. Foi-lhe entregue um grande Tesouro para proteger e por isso cumpria com coragem e firmeza todas as ordens dadas por Deus.

Podemos, então, obter de São José não só o exemplo, mas a mesma segurança que ele ofereceu à Sagrada Família, para que ele seja um modelo para todos os pais. Confiemos as nossas vidas nas mãos daquele que o próprio Deus confiou a vida do Seu filho e peçamos também a graça de sermos, assim como São José, guardiões das coisas que Deus nos confia.
Rezemos a São José como nos propõe o Papa Francisco:
Salve, guardião do Redentor
e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança;
convosco, Cristo tornou-Se homem.
Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós
e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,
e defendei-nos de todo o mal. Amém
Feliz dia do Pai,

Grupo do 5º ano de catequese da paróquia de Arouca. Catequista Paula




































quinta-feira, 11 de março de 2021



4 º domingo da quaresma – O Perdão

Mais um domingo, neste caminho até a Páscoa. És capaz de notar na missa algo de diferente. Já repararam de que cor é o paramento do celebrante. O cor de rosa é usada somente duas vezes em todo o ano litúrgico, associa-se tradicionalmente a um sentido de alegria em um período de penitência. Em ambos os domingos (“Gaudete” no Advento e “Lætare  na Quaresma), o padre usa rosa para nos recordar que a temporada de preparação está chegando ao fim e a grande festa está próxima. Então, quando vemos a cor rosa na missa, somos convidados a alegrar-nos: a estação da penitência está acabando e se aproxima a celebração do Nascimento ou da Ressurreição de Cristo, segundo cada época litúrgica. Assim sendo, durante a próxima semana, iremos tentar perceber o que significa perdoar e sentir alegria em sentirmos perdoados e saber perdoar. Sabe tão bem!


O perdão é algo ensinado por Deus.

Na oração que Jesus nos ensinou, o Pai Nosso, encontramos claramente a referência ao perdão mútuo como meio de encontrarmos a paz. Às vezes é realmente difícil perdoar, mas isso só torna ainda mais nobre o ato.

Podemos refletir no dom do perdão, como o dom maior do amor. Pode perspetivar-se aqui o perdão como tesouro a descobrir, também na vida familiar, em resposta ao pecado que nos divide e separa da comunhão com Deus e com os irmãos. Esta é uma boa ocasião para refletir em família sobre o amor que tudo perdoa e pô-lo em prática.

Perdoar é o ato de desatar os nós das cordas que me acorrentam, perdoando eu liberto-me a mim mesmo.

Recordamos as palavras do papa Francisco

 “ O primeiro a pedir desculpas, é o mais valente.

O primeiro a perdoar, é o mais forte.

O primeiro a esquecer é o mais Feliz”

Damos-te graças ao Deus, pelo teu filho Jesus e pelo seu amor por nós. Porque descobrimos na cruz de Cristo, que tu és um Pai de misericórdia que deseja entrelaçar o teu amor ao nosso amor, tal como um abraço forte que tanto necessitamos receber e entregar ao próximo, neste tempo de confinamento.





Em família, podemos:

 

§  Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.

§  Tecer uma corda ou laços com os nomes dos membros da família e colocar no cantinho da oração.

§  Desenhar as mãos unidas de todos os membros da família e colocar no cantinho da oração.

§  Fazer um exame de consciência familiar.

§  Fazer um exercício de correção fraterna.

§  Fazer memória, contando momentos e gestos de perdão e de reconciliação vividos em família.

§  Celebrar o Dia do Pai, a 19 de março.







§  Oferecer uma pagela pintada à mão com a imagem e a oração a São José.


Oração de São José do Papa Francisco:


Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de

tornar possível as coisas humanamente

impossíveis, vinde em nosso auxílio nas

dificuldades em que nos achamos.

Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos

confiamos, para que tenha uma solução favorável.

Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda a

nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer

que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis

junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa

bondade é igual ao vosso poder.

São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais

santa família que jamais houve, sede, nós vos

pedimos, o pai e protetor da nossa, e impetrai-nos

a graça de vivermos e morrermos no amor de

Jesus e Maria.

São José, rogai por nós que recorremos a vós.







 

sexta-feira, 5 de março de 2021

 



3.º Domingo: A Educação

Já vamos no terceiro domingo da Quaresma. A nossa caminhada já vai quase ao meio. O tema da próxima semana é a educação. Neste tempo de pandemia, refere-se muitas vezes que as nossas crianças e adolescentes estão  prejudicados, pelo facto de as aulas serem on-line através das plataformas digitais. Não estão com os amigos e é mais difícil de cumprir as regras. Pois Deus também entregou umas regras a Moisés, para ensinar os homens a respeitar-se mutuamente, e mais uma vez comprometer-se com a aliança estabelecida com Noé.

Na 1.ª leitura do 3.º Domingo da Quaresma, temos o Código da Aliança, que se exprime nas Dez Palavras, cujas regras protegem a fidelidade à mesma Aliança. O Salmo Responsorial recorda-nos que “os preceitos do Senhor valem mais do que o ouro mais fino(Sl 18/19). A família, no meio desta cultura relativista, pode deixar-se guiar pelos mandamentos, como verdadeira bússola e tábua de salvação, que ensinam a viver e a crescer na liberdade do amor. Aqui podemos dizer que a lei do amor é “um tesouro que vale mais do que o ouro”. A partir dos dez Mandamentos, do dom da Lei, e dentro da pedagogia divina, poderíamos refletir esta semana sobre a necessária formação ética dos filhos e a urgente Aliança educativa ou pacto educativo entre famílias, escolas, sociedade, de que tantas vezes nos fala o Papa (cf. Papa Francisco, Audiência, 20.5.2015; AL 84; 263-267).

 Pode acentuar-se aqui o tesouro da educação e a necessidade de reconstruir um verdadeiro pacto educativo global, de modo que o direito à educação seja respeitado em toda a parte.




 

Em família, esta é uma ocasião oportuna para:

 

§  Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.

§  Colocar no cantinho da oração algum objeto escolar, algum diploma, o calendário escolar…

§  Recordar, homenagear e agradecer aos nossos educadores (pais, avós, educadores de infância, professores, catequistas, padrinhos, pároco e todos os que têm influência na formação humana e cristã).

§  Enviar mensagem de agradecimento aos educadores (pais, avós, educadores de infância, professores, catequistas, padrinhos, pároco e todos os que têm influência na formação humana e cristã).

§  Participar na iniciativa 24 horas para o Senhor que ocorre na sexta-feira e no sábado anteriores ao IV Domingo da Quaresma, de acordo com a proposta paroquial. 



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

 







Olá, então como está a decorrer o vosso cantinho de oração. Como pode ver na ultima publicação deste blog, também a nossa paróquia de Arouca tem o seu cantinho construindo na igreja paroquial. 

O tema da semana para o 2 tesouro da nossa arca é as nossas raízes. Tal como vimos na semana passada, é necessário cuidar do nosso planeta, afim de honrar o compromisso da Aliança que Deus fez com a humanidade. Uma árvore, precisa das suas raízes como suporte de fixação ao solo e para alimentar-se. Nós também temos diversas raízes que permite-nos estar firmes e saudáveis:

- A raiz da família da qual recebemos alimento, amor, proteção pelos nossos pais, avós e outros membros que contribuam para a nossa felicidade. Se existe algo ou alguém em que podemos depositar toda nossa confiança, é na nossa família. Ela nos mostra o que é certo, indica os melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional. Uma família em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a formação de novas famílias.

- A raiz da educação pela qual aprendemos a preparar para a vida.

- A raiz da comunidade de Fé na qual estamos inseridos, a nossa paróquia, o nosso grupo de catequese onde aprendemos valores morais, o encontro com Deus pela transmissão da Fé de geração em geração.

Assim sendo, o 2.º Domingo da Quaresma apresenta-nos, na 1.ª leitura, a cena do sacrifício de Isaac que, na verdade, é o sacrifício do nosso patriarca Abraão, nosso pai na fé. A promessa da descendência a Abraão, no qual são abençoadas todas as nações da Terra, permite-nos lançar um olhar sobre os nossos ascendentes, sobre os nossos maiores, sobre as nossas raízes familiares e mesmo sobre os que nos precederam na fé e no-la transmitiram. Sugerimos a evocação dos avós, bisavós, como verdadeiro tesouro da família. É oportuno reforçar a ideia da urgência de uma verdadeira Aliança entre gerações… um sonho do Papa Francisco (cf. Papa Francisco, Audiência, 11.3.2015; AL 191-193; Christus vivit, 187-201). Recorde-se que um dos percursos propostos pelo Ano Família Amoris laetitia é desenvolver uma pastoral dos idosos (cf. AL 191-193) que vise superar a cultura do descarte e a indiferença e promover propostas transversais em relação às diferentes idades da vida, tornando também os idosos protagonistas da pastoral comunitária. É proposta, por exemplo, a celebração de uma Jornada para os avós e os idosos.



Em família, encontraremos formas de valorizar as nossas raízes, por exemplo:

 Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.

 Construir e colocar no cantinho da oração a nossa árvore genealógica.

 Rebuscar fotos antigas e colocá-las no cantinho da oração.

 Homenagear ou prendar os nossos avós… ou outros idosos.

 Rezar pelos que já partiram.






quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021


TODOS JUNTOS NA ARCA DA ALIANÇA!

Os tesouros da Arca: A semente representa o futuro da Nossa casa Comum.

A 1.ª leitura do 1.º Domingo da Quaresma, deste Ano B, oferece-nos a narrativa da Aliança com Noé, associada à construção da arca. Para ficar de fora do modelo de vida violento e irresponsável dos seus contemporâneos, Noé teve de fechar-se dentro da arca, dentro de uma condição de isolamento espacial, social e existencial, e inventar, com a pequena comunidade biológica (seres humanos e animais) que lhe é confiada, um novo modelo de convivência. Ele guarda a família e a criação, numa experiência de reclusão dentro da arca, durante 40 dias e 40 noites, os dias necessários para fazer com que «o ser humano mudasse». Noé, como muitos de nós, neste momento da pandemia, opta por submeter-se à paragem domiciliária para se salvar a si próprio e salvar o futuro da vida sobre a Terra. Podemos ver aqui um convite a viver todo este sofrimento do confinamento como uma oportunidade de mudança, para reforçar os laços da Aliança e não como uma experiência negativa e destrutiva. 

Esta arca, desde a Aliança com Noé à Aliança no Sinai, reporta-nos sobretudo à arca da Aliança, em que estavam conservadas as duas Tábuas da Lei de Moisés (que a 1.ª leitura do 3.º Domingo nos recordará), que manifestavam a vontade de Deus de conservar a Aliança com o seu povo. A arca representa esse Deus amigo, que dirige o seu povo nas lutas e está com ele em todos os momentos. Poderia falar-se de uma representação imanente de Deus, no meio do seu povo. A arca, cuja finalidade parece ser só a de conservar o documento (as Tábuas da Lei), converter-se-á numa espécie de lugar da presença do Senhor, que, por isso, vela também pela conservação da Aliança com o seu povo.

 Mas a arca é também o lugar de guarda dos nossos tesouros mais preciosos. E, por isso, pode servir de inspiração à descoberta da família como verdadeiro património da humanidade, com todos os tesouros que ela encerra, em todo o arco da vida e na arca da própria vida em Aliança com Deus. 



 

Em comunhão com o Santo Padre, percorremos nós também a Via Sacra, para agarrar-nos ao madeiro da Cruz, ao longo do mar da vida, e sobretudo...