sexta-feira, 19 de março de 2021

 



5.º Domingo: A Aliança conjugal

 Como vimos no primeiro domingo da quaresma, descobrimos na arca da Aliança, o nosso primeiro tesouro que é a nossa casa comum. Noé é salvo com sua família. Após o dilúvio, Deus abençoa a humanidade renovada e renova a aliança com a família de Noé.

O arco-íris é o sinal da grande aliança do Criador com suas criaturas. O arco era uma arma de guerra, mas Deus não usa uma arma que mata. Seu arco, sua aliança é um sinal de paz e reconciliação. As armas de Deus são o amor e a fidelidade. Ao ver o arco-íris, Deus recorda-se da sua “Aliança” e tem piedade de seu povo. 🌈

 O símbolo que retiramos hoje, da nossa arca da Aliança recorda o sacramento do matrimónio e as alianças que os esposos usam são como um pequeno arco-íris. Quando Deus olha as alianças do casal, ele lembra-se de sua aliança com a humanidade. As alianças que os esposos usam querem significar todo o amor que Deus sente pelos homens. As alianças são um selo de fidelidade. Neste sentido, os casais vivam também o seu casamento como uma aliança, não apenas entre si, mas uma aliança de ambos com o próprio Senhor e com a Igreja, de que fazem parte. Em Cristo revela-se plenamente o mistério do amor humano. Ele é o Esposo definitivo, a fonte e a medida do verdadeiro amor, também do amor entre os esposos.






A 1.ª leitura deste Domingo oferece-nos um belíssimo texto, com o anúncio e a promessa da nova Aliança. A nova Aliança, prometida no livro de Jeremias (Jr 31,31-34), será gravada no coração. O coração novo é afinal a grande arca do tesouro: «Onde estiver o teu tesouro aí estará o teu coração» (Mt 6,21). 💓

 Sabemos bem que nem todas as famílias estão constituídas por casais. Basta pensar nas famílias monoparentais. Mas, em todo o caso, urge compreender, anunciar e celebrar a beleza do sacramento do Matrimónio, a partir da imagem da Aliança. É um desafio para todos, mesmo para aqueles que ainda não correspondem plenamente ao ideal do Matrimónio (casais em união de facto ou casados civilmente) ou já não o podem alcançar, depois de algumas feridas abertas ou de ruturas consumadas.




 Em família, podemos:

 

§  Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.

§  Desenhar e colocar no cantinho da oração o coração da família, no qual podemos inscrever três qualidades de cada pessoa, na certeza de que «o homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o que é bom» (Lc 6,45).

§  Construir umas Alianças e entregá-las ao casal ou a um casal amigo.

§  Revisitar o álbum ou o filme do Matrimónio (se os houver).

§  Meditar a 1.ª leitura e enriquecer a compreensão do significado das Alianças que trocaram entre si, ou doutros sinais que fazem parte do rito do Matrimónio (AL 216).

§  Renovar os compromissos do Matrimónio (cf. Ritual do Matrimónio, n.º 277) e/ou a renovação das Alianças (Ritual do Matrimónio, n.º 279).

§  Procurar a palavra Aliança na Exortação Apostólica Amoris laetitia (AL 63,66,73,91,120, 123, 279, 318 – nota 378).


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Em comunhão com o Santo Padre, percorremos nós também a Via Sacra, para agarrar-nos ao madeiro da Cruz, ao longo do mar da vida, e sobretudo...