Jesus, cansado, tinha adormecido!
E levanta-se o mar embravecido
pelo rijo soprar da ventania...
Remavam os discípulos sem guia,
no pequeno batel quase perdido.
E cheios de um terror indefinido,
acordaram o Mestre que dormia.
Ergueu-se e disse às vagas, sem tardança:
Aquietai-Vos! E logo houve bonança...
Que temeis? - aos discípulos volveu -
Homens de pouca fé
E eles tornaram: «Quem é este Homem»?
Murmuraram... A quem a tempestade obedeceu?”
É
neste clima poético de silêncio e espanto, que nos abeiramos do mistério
humilde da presença escondida de Deus. Vamos fazê-lo, reconhecendo a nossa pouca
fé e invocando a misericórdia do Senhor:
Senhor,
porque no meio das crises, desfalecemos, ancorados nos nossos limites, tende
piedade de nós;
Cristo,
porque no seio das tempestades desconfiamos da vossa presença e gritamos
desesperados contra vós, tende piedade de nós!
Senhor,
porque vivemos por nós próprios e para nós próprios, por nossa conta e risco,
tende piedade de nós!
2 comentários:
Se reproduzimos algo façamo-lo talqualmente o recebemos.
E indicar o nome do/a autor/a: MARIA DE CARVALHO
Enviar um comentário