quinta-feira, 19 de abril de 2012

Jesus Ressuscitado usa duas chaves...


Parecia a casa dos espíritos. Entrava de portas fechadas e quando parecia reconhecido escapava sem ninguém dar conta. Não ganhavam para o susto. Ele ia e vinha, aparecia e desaparecia como quem não tem ossos e carne, mas estava e permanecia como pessoa viva, real e presente. Era Cristo Ressuscitado. Veio dos abismos da morte sacudir o medo dos discípulos, infundir-lhes a paz e recobrar o ânimo.

Tenho-me dado a pensar nestas histórias e a perceber que o susto não era para menos. Mas, para lá desta intrincado mistério, vem-nos à mão este espectacular texto da pena de São Lucas, a falar-nos de uma aparição, logo a seguir àquela que puderam sentir os discípulos no caminho de Emaús. E agora é como sempre. Eles não descobrem à primeira, não entendem, não chegam á relação vital. Ficam-se pelo medo do fantasma, pela ideia da ilusão.

E Jesus usa duas chaves que nos espantam. Para começar abre-lhes a Bíblia e de passagem em passagem vai-lhes abrindo os olhos, ardendo o coração e pela Palavra fá-los chegar à percepção de uma presença misteriosa. Mas como se a palavra não bastasse, senta-se à mesa. E parte o pão. E come o peixe. E naqueles gestos tão simples como significativos eles percebem e reconhecem a presença do Ressuscitado.

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Em comunhão com o Santo Padre, percorremos nós também a Via Sacra, para agarrar-nos ao madeiro da Cruz, ao longo do mar da vida, e sobretudo...