Façamos agora as pazes com os ricos; na realidade, não queremos mortificar os ricos; se possível, quereríamos curá-los a todos …Aprendam que o pecado não está na abundância de bens, mas em não saber usá-los; com efeito as riquezas, se são obstáculo para os malvados, para os bons são de ajuda à virtude. Zaqueu, escolhido por Cristo, era certamente rico. Porém, deu aos pobres a metade dos seus bens e restituiu o quádruplo de quanto tinha obtido com a fraude. - De facto, a primeira coisa não basta e a liberalidade não tem mérito enquanto persistir a injustiça, porque não se pretendem os despojos de um roubo, mas sim dons espontâneos - Procedendo assim, Zaqueu recebeu mais do que dava aos outros. E é consolador que ele seja apresentado como um chefe de publicanos. Quem poderá desesperar se até este, com uma fortuna de origem fraudulenta, foi salvo? (S. Ambrósio, In Lc 8, 84)
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